segunda-feira, 19 de julho de 2010

A PAZ DE CADA UM

Se a paz pudesse estar em cada um !
Se cada um, tivesse um pouco, dessa paz !
A Paz do mundo seria um pouco, nós...

Se o somatório dos grãos da praia-areia;
Se a gotas-mares dos oceanos sem fim;
Se tudo isso, tão pequeno, tão singelo,
Pudesse eu, ser parte dele assim,
O mundo certamente eu mudaria,
Mas teria primeiro, com certeza,
De mudar o meu próprio mundo em mim.

Porque o meu mundo, posso eu mesmo controlá-lo!
Eu sou seu dono, seu senhor e presidente!
Nesse país, mando eu, cada momento,
Tenho o poder de dominá-lo, eternamente.

Eu só preciso da minha resolução,
Para mudar completamente essa nação.
Mas luto eu, em guerras que eu mesmo fiz.
Sem entender porque não sou tão feliz...
Justificando, a cada dia, meus rancores,
Guardo mazelas, tristezas e desamores...

Dentro de mim, a lava-vulcão borbulha!
As vezes, até tento vomitá-las...
Elas não saem, ficam lá, me embrulhando...
E eu sofrendo a cada dia, com essas dores,
Com esse fogo interior me cozinhando.

Eu quero um dia jogar fora tudo isso:
As vaidades, os orgulhos, sofrimentos...
Por que tenho eu que cultivá-los?
Se eles me matam, me sufocam, me atormentam!?

Eu preciso, urgentemente, descartá-los!
Pegar seus corpos e jogá-los no espaço!
Que fiquem longe, não retornem nunca mais!
E o meu sonho de querer mudar o mundo,
Vai começar, através da minha paz...

20 ago. 1999

RRS

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