Em todo o meu olhar existe um pouco,
Como um espelho onde posso me olhar,
Existe um pouco do olhar do mundo.
Que estranho é esse meu olhar!
Nele, se multiplicam sonhos.
Nele, dançam fantasias,
Tristezas e alegrias,triunfos,decepções.
Esses olhares passando num segundo,
Da superfície nem mesmo vêm o fundo,
Nas fontes, passam apenas por passar...
Pelas frestas dos olhares vejo a vida,
Qual prisão, entre grades, a saída,
Eu procuro, por dentro de mim.
Lá dentro, pululam sentimentos,
Lá dentro, retorcem as agonias,
Em contorções que se contorcem devagar.
Que se prolongam em infindáveis dias,
E são doridas demais para abortar...
Nessa frieza do externo e do vulgar,
Passam olhares simplesmente por passar,
Só por passar, só por passar, só por passar...
Como sorrir completamente e gracejar,
Se parte dele é o próprio mundo a me passar,
A me passar, a me passar, a me passar?...
RRS
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