Eram sementinhas meio tristes.
Volta e meia, recebiam água.
Mas de nutrientes, eram meio carentes.
Centelhas vivas desejando o mundo!
Que futuro esperam brotos desnutridos?
Quem sabe alguma alma boa os alimentem?!
Mas isso será por quanto tempo?!
Esse tempo bom-cruel, indiferente!
Ora oferece! Ora tira!
Ora se apresenta! Ora se retira!
Ora é inclusivo, ora é excludente...
Será isso o que chamam de merecimento?
Será que o Deus, o criador e "pai de todos";
É na verdade, o pai somente de alguns?
E mesmo entre as dúvidas que testam os discrentes,
As mudas crescem frágeis, podadas antes da hora.
As raízes? meio emaranhadas!
Os galhos? meio desalinhados!
As folhas? verde-amareladas!
Com a esperança de um futuro incerto;
Entre outros brotos desejando espaço.
É como alguém, numa multidão, sozinho,
Aguardando algum gesto de carinho,
Uma atenção! Um caloroso abraço.
(RRS, 22 nov., 2017).
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