quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A egrégora



Quantas lembranças estarão no meu passado?
Nos meus micro-cérebros celulares;
nessa densa energia universal? 

Por quantas faces já passei mudando
e viajando no tempo transcendental?

E quantas cenas ensaiei nos palcos,
do meu destino e minha própria sorte?

Mas hoje, estou aqui, sedimentado;
tentando ser feliz, temendo a morte.

Posso ter sido livre ou libertado!
Quem sabe entre ferragens e correntes?

Quem saberá? Quem sabe? Eu não sei...

Só incertezas, desconfianças, dúvidas...
Buscando um passado que não volta.
Acreditando num futuro que não veio.
Buscando uma ternura em algum seio.

Nessa linha de estradas, tão distante,
coleciono histórias apagadas.

Meus ancestrais: o que diriam nessa hora?
Acredite! Resista! Siga em frente!

Na verdade, somos uma só família! 
Somos parte de uma fila interminável.
Numa egrégora invisível mundo afora...

(RRS, 2 nov., 2017)





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