E, sozinhos na noite, estávamos nós.
Ela perdida; eu desnorteado, tateando aqui e ali.
Como encontrá-la na solidão, mal encoberto?
O abrigo! Onde está o abrigo? Onde está o calor?
Estará no entorno?
Tentar encontrá-la no frio, desagasalhado?
Tremer um pouco?
Se deparar com o outro em meio ao inesperado?
E assim, na mesma cama, continuávamos sós.
Ela, sem ninguém.
E eu, com ele, entre os lençóis.
Ela, meia desparelhada.
Eu, corpo desnudado.
Ele, pé desamparado.
(RRS, 22 ago/2019)
Gostei. Muito.Escreva mais, Roberto. Não pare.
ResponderExcluirEstá feito! Nada a fazer. Mas eu teria sugerido terminar na seguinte forma: corpo, pé e por fim a meia, a figura central do poema.
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