Cuidar é antes de tudo um ato de amor.
Oferecer o seu tempo e parte da sua vida para outra vida.
É fazer o outro rir se ele está triste.
Animá-lo, se está pesaroso.
Cuidar do outro é segurar na sua mão, com carinho.
Nem sempre o outro é gente.
Pode ser uma planta, um animal, um ambiente.
O mais difícil cuidar é cuidar do todo.
Não que ele dependa de nós tanto assim;
Mas nós também somos o todo.
Então, nós precisamos cuidar de nós mesmos para cuidar do
todo.
Para cuidar do todo, precisamos cuidar de tudo.
Até escolher uma palavra pode ser cuidar.
Porque as palavras podem ferir; e não desejamos abrir novos
ferimentos.
Alguém vai precisar cuidar deles.
Não abrir ferimentos é cuidar da nossa fala,
Cuidar do nosso pensamento, da nossa intenção.
Quantas vezes agredimos o outro, apenas falando?
A língua é a faca e a intenção é o estoque.
Cuidar não é viver pelo outro. Ninguém pode viver pelo
outro.
A cada um a sua pena, o seu caminho e a sua cruz.
Cuidar pode ser uma pena, um caminho, uma cruz.
Quando cuidamos de alguém estamos nos cuidando também.
O bem que recebemos é maior do que o que oferecemos.
Mas como é difícil cuidar, realmente, com o devido amor!
Às vezes um ato repetitivo, mas não amoroso.
Atencioso, mas só quando nos interessa.
Como é difícil cuidar!
Cuidar sem sentimento de amor não é cuidar.
Amar o outro implica em ter amor por você.
E quanto mais amor, mais poderá dividir e dedicar.
Amar o outro é muito difícil, especialmente quando não
desejamos amar.
Mas basta um toque de bom sentimento,
E o amor brota qual encantamento.
Cuidar é amar.
E o amor brota qual encantamento.
Cuidar é amar.
(RRS, 12 jan. 2014)
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