domingo, 5 de junho de 2011

Mata




Mata:

Estão querendo matar a mata!


Eliminar uma história evolutiva,


De plantas, de bichos, de genes...



Corta!

Que a mata atrapalha o Grão!

Na sede da imensidão...



Grita!

Que a margem do rio tomba,


Que o olho do topo morre,


Que a encosta inclinada, desce...



Chora!

Que tem gente que ainda zomba!


Que o verde nativo entrava,


Que tudo de fora, cresce...


Pensa!

Nas lembranças do passado,


Da pele vermelha ornada,


Das penas, tintas e cores...


Foge!

Que o bicho corre assustado,


Sem abrigo, esfomeado,


Borboletas sem flores...



Finge!

Que verde é uma coisa só,


Que tudo é só uma coisa,


Que não há diversidade...



Lucra!

Que o momento é agora!


O último, que feche a porta,

Diga adeus,

E vá embora...

RRS, 5 jun 2011

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