quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O reencontro

Estava eu sozinho no meu canto,
Quando alguem exclamou bem de mansinho:
Há quanto tempo eu não te vejo!
Onde estava voce todo esse tempo?

E eu, sem saber exatamente responder,
Me desculpei: eu estava distraído !
Olhando o mundo sem fim,
Nos sem fins que o mundo tem.

E me dei conta de repente,
Que estava adormecido, semi-anestesiado,
Por ver tantas coisas tristes,
De passagens do passado.

E ainda sonolento, vejo as coisas meio tortas.
Quem sabe eu me acostumo,
Sem ficar tão ofuscado?

Passar da sombra pra luz,
Sempre exige algum cuidado,
De acostumar a retina,
Sem ficar desnorteado.

Encontrar comigo mesmo:
Que prazer inusitado!

Sente aqui por um momento,
Vamos conversar um pouco,
E eu te conto umas histórias
De voce, que eu já conheço.

É questão só de lembrar.
Voce pode me ajudar,
Se esquecer algum pedaço.
Da minha outra metade.

Voce pode acreditar: eu o tenho em bom apreço!

15 dez 2010

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