Os solitários aprenderam a amar a solidão.
Não quer dizer isso que não tenham coração
para discordar, repartir, reconstruir.
Solitários assumem ser solitários.
Por breves tempos,
por longos tempos,
toda uma vida.
Alguns fecham feridas:
as suas, dos outros, do mundo...
Solitários podem amar de verdade!
Percebem a feiura e a beleza;
São sensíveis à alegria e à tristeza:
pessoas, bichos, natureza...
Solitários gostam de ficar a sós.
Se é um estilo de vida, não sei!
Já vi estilos mais esquisitos!
O que é ser esquisito?
Não ser aceito pela sociedade?
Prefiro ser solitário!
Os solitários podem ser pessoas muito alegres,
divertidas e muito interessantes.
Curtem de um modo diferente:
a calma,
o silêncio,
a meditação.
Nesses momentos tão sagrados,
ser solitário é uma obrigação.
Longe do mundo, distante,
procura ouvir o inaudível,
ver o que um olho não vê.
Sentir mais que a sensação.
Podemos ser o solitário que quisermos,
no tempo e do jeito que entendermos!
Só não podemos perder a esperança.
Não se iludir em visões equivocadas.
Não ter medo de atravessar estradas,
mesmo nervosas e loucamente tensas.
Eu sou um solitário consciente.
Eu gosto de conviver com gente.
Se você é também um solitário,
Guarde um tempo para repartir comigo.
Falar da vida, abrir nossos corações.
Os solitários curtem a felicidade,
apreciam boas amizades,
nos intervalos de suas solidões...
(RRS, 29 dez. 2012)