Colaborador Roberto
Rocha
Quando nos
sentimos sós; absolutamente sós no mundo,
É quando estamos
em todos os lugares, com todos, e com ninguém.
Quando estamos
sem ninguém, e em lugar algum,
A consciência
se torna uma só.
O que vemos não existe!
O que ouvimos,
não ouvimos! O que tocamos não tem pele!
O que provamos,
não tem gosto!
E por que
teria?
Nossa limitada
percepção mal dá para as leituras superficiais do mundo.
Nossas
palavras mal saem da nossa boca!
Mas quando você
percebe o “todo”, tudo isso deixa de ser tão importante.
Não que seja
dispensável: somos matéria!
Mas o que nos
move não são carnes e ossos!
É apenas uma vontade
consciente e pura.
E nesse momento, tudo acontece.
É como se
ouvíssemos uma voz a nos orientar.
A nos dizer
como seguir, mesmo frente a todos os problemas e sofreres.
É um bálsamo
perfumado e nobre.
Se me perguntar
qual a sua origem, eu não saberei responder.
Porque não
interessa explicar! Apenas sentir e agradecer.
Porque é um
privilégio de poucos, embora vontade de muitos.
Alardeado
mundo afora, desde tempos antigos, muitos viram luzes,
Mas elas não
clarearam suas vidas.
Que luz é essa
que não vem do sol?
Que se move no
espaço cósmico?
Mas que pode
alcançar a nós?
Que
inteligência essa que não depende de cérebros?
Afinal, nós só
podemos fazer comparações...
E em meio às
dúvidas e às incertezas, restará você, sozinho.
Conectado com
tudo e com todos; com ninguém e com o nada.
Porque o nada
será tudo e ninguém serão todos.
Agradeça,
chore, sinta:
Você foi abençoado...
(RRS, 03
abril, 2015)